Os processos de mudança na cobertura vegetal no planeta vêm ocorrendo de forma mais intensa, nas últimas décadas, principalmente nos trópicos. Mudanças rápidas e intensas no uso das terras que aconteceram e acontecem no ERJ têm produzido impactos ambientais significativos como a erradicação e degradação da vegetação nativa – Mata Atlântica e ecossistemas associados, a erosão hídrica e eólica, a diminuição na vazão dos rios que drenam a região, os assoreamentos e aumento das queimadas, as perdas de habitats, as alterações em povoamentos e populações faunísticas, a erosão genética e a redução da biodiversidade, dentre outros.

O monitoramento cobertura vegetal e uso da terra representa atualmente um aspecto relevante e indispensável para o planejamento ambiental e para formulação e aplicação de uma política ambiental coerente e eficiente. Esta atividade depende da adoção de produtos de sensoriamento remoto, aéreos ou orbitais, de alta, média ou baixa resolução, dependendo da escala adotada para o mapeamento, o uso de técnicas classificatórias, a efetuação de levantamentos de campo, definição da temporalidade de aquisição e detecção das alterações e conversões das classes de mapeamento durante o período monitorado.

O monitoramento cobertura vegetal e uso da terra do Inea está programado para ser multi-escalar - 1:100.000 e 1:25000. O método adotado para a escala 1:100.000 é a classificação orientada a objetos realizado a partir de imagens Landsat referentes aos períodos de junho a setembro sendo o mapa base do ano 2007. A verificação de alteração entre as classes de mapeamentos é realizada pela ferramenta change detection e checagem de campo. O intervalo de disponibilização do produto é tri-anual. Os resultados obtidos para os mapeamentos 2007-2010 e detecção estão dispostos a seguir.

O monitoramento para escala de maior detalhe (1:25.000) ainda está em processo de definição metodológica. Uma vez a metodologia definida e implantado projeto os resultados serão disponibilizados como estes da escala de maior detalhe (tabela 1 e figuras 1 e 2).